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Olá meninas!

Hoje resolvemos falar de um assunto que não tem muita relação com a fisioterapia, mas muito importante de ser tratado, câncer do colo do útero.

É o segundo tumor mais freqüente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos.

O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica. A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papiloma vírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos.

Prevenção

A prevenção pode ser feita usando-se preservativos (camisinha) durante a relação sexual, para evitar o contágio pelo HPV.

Os principais fatores de risco estão relacionados ao início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros. Deve-se evitar o tabagismo (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados) e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, hábitos também associados ao maior risco de desenvolvimento deste tipo de câncer.

Detecção Precoce

Exame Preventivo

O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados.

O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada.

Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com camisinha) nos dois dias anteriores ao exame; evitar também o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame. É importante também que não esteja menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado.

Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê.

Quem deve fazer e quando fazer o exame preventivo
Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente. Após dois exames seguidos (com um intervalo de um ano) apresentarem resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos.

O que fazer após o exame?
A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, posto ou centro de saúde) na data marcada para saber o resultado e receber instruções. Tão importante quanto realizar o exame é buscar o resultado e apresentá-lo ao médico.

Resultado
Se o seu exame acusou:
• Negativo para câncer: se esse for o seu primeiro resultado negativo, você deverá fazer novo exame preventivo daqui a um ano. Se você já tem um resultado negativo no ano anterior, deverá fazer o próximo exame preventivo daqui a três anos;
• Alteração (NIC I): repita o exame daqui a seis meses;
• outras alterações (NIC II e NIC III): o médico decidirá a melhor conduta. Você vai precisar fazer outros exames, como a colposcopia;
• infecção pelo HPV: você deverá repetir o exame daqui a seis meses;
• amostra insatisfatória: a quantidade de material não deu para fazer o exame. Você deve repetir o exame logo que for possível.

Independente desses resultados, você pode ter alguma outra infecção que será tratada. Siga o tratamento corretamente. Muitas vezes é preciso que o seu parceiro também receba tratamento. Nesses casos, é bom que ele vá ao serviço de saúde receber as orientações diretamente dos profissionais de saúde.

Vacinação
Está em estudo no Ministério da Saúde o uso de vacina contra o HPV pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As duas vacinas aprovadas para comercialização no Brasil protegem contra dois ou quatro subtipos do vírus: o 6 e o 11 (presentes em 90% dos casos de verrugas genitais) e o 16 e 18 (de alto risco para o câncer do colo o útero (presentes em 90% dos casos de câncer de colo uterino).

É importante enfatizar que as vacinas não protegem contra todos os subtipos do HPV. Sendo assim, o exame preventivo deve continuar a ser feito mesmo em mulheres vacinadas.

Tratamento

O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico. Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos.

Sintomas

É uma doença de desenvolvimento lento que pode cursar sem sintomas em fase inicial e evoluir para quadros de sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.

Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura.

O INCA disponibiliza em seu site vários links relacionados ao assunto:

Folheto Cancêr do Colo do Útero

Proteção com Camisinha

Orientação às Pacientes em Pós-Operatório de Cirurgias Ginecológicas

HPV- Perguntas e Respostas Mais Frequentes

Para mais informações sobre o câncer do colo do útero e outros tipos de câncer acesse o site do INCA

Fonte: INCA

 

A sexualidade, um dos mais importantes aspectos constituintes da personalidade humana, abrange a forma como cada pessoa expressa e recebe os afetos e excede, em muito, o componente fisiológico.

Atualmente considera-se que o ciclo da resposta sexual normal se divide em quatro etapas: desejo, excitação, orgasmo e resolução. Quando não é possível de se desenvolver entre o homem e a mulher a sequência fisiológica desenvolvida acima, aparecem as disfunções sexuais, ou seja, a atividade sexual não é satisfatória porque deve ter ocorrido alteração numa das fases.

Muitos estudos apontam que uma grande parcela da população feminina apresenta alguma disfunção sexual (em torno de 40-50% das mulheres) e que essas disfunções aumentam com o aumento da idade das mulheres. As causas dessas disfunções são multifatoriais envolvendo aspectos físicos, psicológicos, sociais ou até mesmo são de causa desconhecida.

As disfunções sexuais femininas são classificadas como:

  • Transtorno de desejo/interesse sexual: ausência ou diminuição da libido.
  • Transtorno de excitação sexual: excitação insuficiente ou inadequada, sensação de congestão genital e lubrificação diminuída ou ausente.
  • Transtorno orgásmico: retardo ou ausência recorrente do orgasmo após uma fase normal de excitação.
  • Dispareunia: dor recorrente ou persistente durante ou após o intercurso sexual.
  • Vaginismo: espasmo involuntário dos músculos que circundam a vagina, impedindo qualquer penetração.
  • Transtorno de aversão sexual: extrema ansiedade e/ou desgosto diante da perspectiva ou da tentativa de ter uma atividade sexual.

 

Fisioterapia nas Disfunções Sexuais Femininas

A fisioterapia para a disfunção sexual apresenta-se como um recurso terapêutico eficiente e que não interfere no uso de outros recursos de tratamento. Envolve um trabalho específico de treino de percepção corporal, da maneira correta de contrair os músculos do assoalho pélvico e normalização do tônus dos músculos pélvicos.

A conscientização e a propriocepção dessa musculatura promoveriam uma maior percepção da região perineal, melhorando assim a autoimagem da mulher, sua receptividade em relação à atividade sexual e a satisfação com seu desempenho. Assim a função sexual tende a melhorar, pois o ganho da conscientização cinestésica do assoalho pélvico possibilita a incrementação da atividade sexual.

Quando os músculos do assoalho pélvico estão enfraquecidos, hipotônicos a sensação de prazer pode diminuir comprometendo o desejo, a excitação e o orgasmo. Nos casos em que a musculatura se encontra em hipertonia a mulher pode apresentar dor durante a penetração e/ou durante o intercurso sexual (dispareunia / vaginismo).

O tratamento fisioterapêutico pode auxiliar na resolução dessas disfunções melhorando a qualidade de vida dessas mulheres.

 

Fonte: Moreno, Adriana L. 2009; Etienne, Mara D.A., Waitman, Michelle C. 2006.

                                       

Como já falamos em posts anteriores é muito importante para a Saúde das Mulheres que elas fortaleçam seus músculos do assoalho pélvico (veja o post específico sobre assoalho pélvico). Uma das maneiras de se fazer esse fortalecimento é através de cones vaginais.

Um cone vaginal é um dispositivo que se pode inserir na vagina para fornecer resistência e feedback sensorial aos músculos do assoalho pélvico à medida que eles se contraem. Essa terapia é muito útil para ajudar a mulher a distinguir quais são seus músculos perineais, aumentando assim a propriocepção dessa região o que é muito importante, uma vez que muitas mulheres não conseguem distinguir seus músculos perineais.

Comercialmente, encontra-se um conjunto de cinco cones, de forma e tamanho iguais e peso que varia de 25g a 75g.

Quando o cone de peso correto é inserido na vagina ele tende a sair, causando a sensação de perda do cone, fazendo com que os músculos do assoalho pélvico que circundam o cone se contraiam em resposta. Portanto, o cone é mantido na vagina pela contração dos músculos do assoalho pélvico.

Embora os cones sejam de fácil manuseio, a orientação de um profissional capacitado é fundamental, pois assim como existem as indicações, existem também as contra-indicações para o uso dos cones. Além disso, a paciente deve ser orientada quanto a maneira correta de se colocar o cone, qual peso utilizar, qual a duração do tratamento. Com a utilização correta, o cone é um método de sucesso para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico.

Os músculos do assoalho pélvico possuem dois tipos de fibras: as fibras de contação lenta e as fibras de contração rápida. Cada tipo de fibra possui uma função diferente e, portanto, é trabalhado com uma técnica diferente de exercício. Mais da metade das fibras de um músculo é de contração lenta e, portanto, executam contrações musculares lentas. São importantes para apoiar os órgãos da pelve durante atividades prolongadas evitando que ocorram “vazamentos”. O fortalecimento das fibras de contração lenta oferece a vantagem de maior prazer durante a relação sexual.

O outro restante das fibras musculares é de contração rápida e ajuda a preservar o controle quando ocorrem atividades mais repentinas, como saltos, risadas ou espirros.

Fonte: Endacott, 2007

A dor pélvica crônica (DPC) é caracterizada como uma dor localizada na região abdominal inferior que pode estender-se por toda a pelve. Apresenta caráter contínuo ou intermitente e frequentemente se intensifica no período menstrual ou na relação sexual.

Essas pacientes sofrem repercussões na sua qualidade de vida, pois a dor impõe limitações na realização das atividades diárias o que pode levar a desajustes no relacionamento familiar e social. Além disso, a vida conjugal dessas mulheres também é afetada, pois a maioria delas sente dor e/ou ausência de orgasmo (anorgasmia) nas relações sexuais.

Normalmente a DPC está associada a doenças ginecológicas, porém existem inúmeros fatores que podem desencadeá-la. Dentre as doenças que podem gerar sintomas de dor pélvica estão as de causas gastrointestinais (constipação, diverticulite, síndrome do colón irritável), as doenças do trato urinário baixo (cistite intersticial,uretrite crônica, dissinergia do detrussor), doenças ortopédicas (fibromialgia, síndrome do piriforme, hérnia de disco) e também doenças como depressão, somatização e disfunção psicosexual.

 

Fisioterapia e Dor Pélvica Crônica

A base da fisioterapia no manejo da dor pélvica está em produzir mudanças físicas na musculatura pélvica, centrando o trabalho na reeducação motora e sensitiva. Para isso utiliza-se recursos como massagens, exercícios terapêuticos, reeducação postural, tração manual e alongamento muscular.

Através da Fisioterapia objetiva-se a redução da sintomatologia dolorosa e assim a melhora da qualidade de vida dessas mulheres.

Moreno, 2007.

Uma vez formados, nossos ossos estão sempre em processo de formação de novas células e reabsorção de células velhas. Desde a infância até os 30 anos de idade, o processo de formação de novas células supera o de reabsorção e nossos ossos se tornam mais densos (maior densidade mineral óssea). Após os 30 anos, esse processo começa a se inverter: a reabsorção se torna mais rápida que a reconstituição. Este processo continua para o resto de nossas vidas.

Uma leve perda de massa óssea é normal em homens e mulheres depois dos 35 anos e normalmente não causa qualquer problema. No entanto, se essa perda ocorrer muito rapidamente, pode resultar em osteoporose. A osteoporose torna os ossos finos e fracos, o que pode resultar em fraturas e até mesmo incapacitação dependendo da idade.

Para prevenir a osteoporose você deve se concentrar em aumentar e manter uma boa quantidade de massa mineral óssea antes da menopausa. Como? Uma das maneiras é através de exercícios físicos. Os melhores são os exercícios de musculação que, ao fortalecerem os músculos, fortalecem também os ossos, pois diminuem a perda mineral óssea.

Mulheres que se exercitam tem maior densidade mineral óssea que mulheres que não se exercitam. Caminhadas ao ar livre e exercícios aeróbicos também contribuem para o aumento da massa óssea.  

http://www.acog.org

 

Como a Fisioterapia pode ajudar você a se livrar da Incontinência Urinária?

Através de exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. O objetivo desses exercícios é melhorar a força e resistência desses músculos, aumentando assim a força de fechamento da uretra e melhorando o controle esfincteriano, o que impede a perda de urina.

Como o enfraquecimento dos músculos e ligamentos da pelve ao longo da vida é responsável pela causa da incontinência urinária, os exercícios para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico desempenham um importante papel não só no tratamento, mas também na prevenção da incontinência urinária.

Assim, a fisioterapia contribui para a melhora na qualidade de vida dessas mulheres, pois a incontinência causa medo de estar em público além de dificuldades sociais e alterações do sono. Os exercícios são simples e de fácil aprendizado, mas devem ser feitos com a supervisão de um profissional capacitado.

O mais importante é que a incontinência urinária tem tratamento. Portanto, procure ajuda se você já teve ou tem episódios desagradáveis de perda de urina ou se conhece alguém que sofre com esse desconforto. Livre-se desse problema, pois ele tem solução!!

 

Define-se como incontinência urinária toda perda involuntária de urina. É uma condição desconfortável, embaraçosa e estressante, que pode afetar até 50% das mulheres em alguma fase de suas vidas. Cerca de 60% das mulheres acima de 60 anos apresentam incontinência urinária.

Incontinência Urinária de Esforço: perda involuntária de urina que ocorre após exercício físico, tosse ou espirro.

Urge-incontinência: perda involuntária de urina acompanhada ou precedida imediatamente de urgência urinária.

Incontinência Mista: perda involuntária de urina associada à urgência e também com exercício, tosse, espirro ou esforço.

Moreno, 2007.

A continência urinária é mantida pela ação de dois esfíncteres, um interno (musculatura involuntária, ou seja, que não podemos controlar) e outro externo (de contração voluntária, que podemos controlar).

O rim está constantemente produzindo urina para eliminar impurezas de nosso organismo. A urina produzida pelos rins passa para a bexiga através de dois canais chamados ureteres.

Quando a bexiga está cheia, terminações nervosas na parede da bexiga mandam um estímulo ao cérebro para iniciar micção. Nesse momento, é mandada a ordem para o relaxamento do esfíncter interno (involuntário). Então a continência fica assegurada pela ação do esfíncter externo que segura a micção até o momento e local adequado.

MICÇÃO: ocorre pelo relaxamento voluntário do assoalho pélvico e da musculatura da uretra.

Meninas, hoje vamos falar um pouco sobre um grupo muscular super importante e que, por não estar visível, é esquecido pela maioria das pessoas. O assoalho pélvico é um conjunto de músculos que agem como uma espécie de rede passando do osso púbico na frente de sua pelve para o cóccix e saindo em cada lado para o ísquio (ossos que você pode localizar sentando-se em uma cadeira firme, colocando as mãos sobre os glúteos). A uretra, a vagina e o ânus passam por essa faixa de músculos (ver foto).

Esses músculos, como o próprio nome diz, suportam as vísceras abdominopélvicas. Todo o aumento de pressão abdominal como na tosse, espirro, vômito, defecação ou quando se ergue um peso é transmitido diretamente para esses músculos. Além disso, durante a gestação, o aumento de volume uterino também é suportado pelo assoalho pélvico. Ao longo da vida, todos esses estresses somados, causam o enfraquecimento desses músculos.

No entanto, como já citamos, o fato desses músculos não serem visíveis e não movimentarem nenhum músculo ou articulação faz com que eles sejam esquecidos e não fortalecidos pela grande maioria das mulheres.

 

Por que fortalecer o Assoalho Pélvico?

  • Melhora as sensações sexuais, permitindo maior prazer durante a relação sexual;
  • Melhora a capacidade de alongar e relaxar tornando sua experiência de trabalho de parto mais confortável;
  • Promove rápida recuperação e cicatrização, auxiliando na reconquista de boa qualidade muscular após o parto;
  • Previne incontinência urinária e fecal;
  • Previne prolapsos genitais;
  • Promove estabilidade da musculatura postural.