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Proteção solar mediada por carotenóides

Posted on: 10/11/2011

 

Todos sabem que a exposição solar em horários inapropriados e sem proteção só traz malefícios à saúde da pele. Uma queimadura é a reação mais comum encontrada depois de longos períodos sob o sol, sem falar no envelhecimento cutâneo, nas discromias e no câncer de pele.

Para muitas pessoas o período de verão e férias é sinônimo de pegar uma “corsinha”, ou seja, um bronzeado. Existem aquelas que buscam um melhor bronzeado a partir da ingestão de substâncias ricas em carotenóides, seja por meio de alimentos como cenoura, mamão, laranja ou por meio de cápsulas de betacaroteno. E elas estão certas! A fotoproteção sistêmica através de componentes endógenos oferece uma importante contribuição para a defesa da pele dos raios ultravioletas (UV).

Veja os mecanismos de ação:

  • Aumento da barreira contra a luz UV, como com compostos q absorvem o UV;
  • Proteção de células contra radicais livres, como substâncias antioxidantes;
  • Reparo dos danos induzidos pelo UV pelo estímulo de sistemas de reparo;
  • Supressão de respostas celular, como os anti-inflamatórios.

 

Nesse contexto, os carotenóides participam de um grupo de micronutrientes que contribuem para a defesa antioxidante e para a fotoproteção endógena. Carotenóides como pigmentos vegetais têm a função de proteger a planta contra o excesso de luz. Estão entre as principais substâncias capazes de se ligar aos radicais livres para proteger o organismo. Então, na pele humana, esse grupo de nutrientes está presente nos locais onde a luz UV causa danos na pele ou no olho. Os carotenóides contribuem significativamente para a cor normal da pele humana, em particular a amarelada.

Incluí-los na dieta é ótimo! Estudos mostraram que uma dieta rica em licopeno (carotenóide do tomate) eleva os níveis sanguíneos dessa substância e fornecem proteção depois de 10 semanas, evidenciado a partir de uma menor formação do eritema solar (queimadura, vermelhidão).

Mas se é difícil alimentar-se de uma maneira mais saudável, recorrer a cápsulas pode ser uma saída. Outras pesquisas confirmam que a suplementação orientada diminui a intensidade do eritema solar após um mínimo de 7 semanas de ingesta. Um profissional capacitado poderá orientar quanto a dose de betacaroteno, pois doses elevadas podem desencadear até câncer, segundo outro estudo.

 

Portanto, os carotenóides, pela função protetora que exercem, permitem a pigmentação da pele com maior segurança. Porém, não adianta começar a ingeri-los e não atentar para os outros cuidados necessários para a exposição solar.

 

Lembrando:

Os carotenóides são pigmentos naturais responsáveis pelas cores de amarelo a laranja ou vermelho de muitas frutas, hortaliças, gema de ovo, crustáceos cozidos e alguns peixes.

 

SIES H, STAHL W. Nutritional Protection Against Skin Damage From Sunlight.  Annu. Rev. Nutr. 2004.

RODRIGUES-AMAYA DB, KIMURA M, AMAYA-FARFAN J. Fontes Brasileiras de Carotenóides Tabela Brasileira de Composição de Carotenóides em Alimentos. 2008.  

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