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Como já falamos em posts anteriores é muito importante para a Saúde das Mulheres que elas fortaleçam seus músculos do assoalho pélvico (veja o post específico sobre assoalho pélvico). Uma das maneiras de se fazer esse fortalecimento é através de cones vaginais.

Um cone vaginal é um dispositivo que se pode inserir na vagina para fornecer resistência e feedback sensorial aos músculos do assoalho pélvico à medida que eles se contraem. Essa terapia é muito útil para ajudar a mulher a distinguir quais são seus músculos perineais, aumentando assim a propriocepção dessa região o que é muito importante, uma vez que muitas mulheres não conseguem distinguir seus músculos perineais.

Comercialmente, encontra-se um conjunto de cinco cones, de forma e tamanho iguais e peso que varia de 25g a 75g.

Quando o cone de peso correto é inserido na vagina ele tende a sair, causando a sensação de perda do cone, fazendo com que os músculos do assoalho pélvico que circundam o cone se contraiam em resposta. Portanto, o cone é mantido na vagina pela contração dos músculos do assoalho pélvico.

Embora os cones sejam de fácil manuseio, a orientação de um profissional capacitado é fundamental, pois assim como existem as indicações, existem também as contra-indicações para o uso dos cones. Além disso, a paciente deve ser orientada quanto a maneira correta de se colocar o cone, qual peso utilizar, qual a duração do tratamento. Com a utilização correta, o cone é um método de sucesso para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico.

As mulheres com câncer de mama passam por diversas fases do tratamento, além de manifestarem várias dúvidas em relação a si mesmas no que diz respeito à auto-imagem.

As alterações da auto-imagem aliadas às conseqüências do tratamento quimioterápico, como ressecamento vaginal e queda dos cabelos, fazem com que a atividade sexual se encontre prejudicada, o que prejudica também o autoconceito e o exercício da sexualidade feminina.

O câncer de mama gera diversas dúvidas quanto ao futuro, relacionadas não somente à morte, ao medo de deixar o companheiro e filhos desamparados, mas também ao planejamento familiar: ter ou não mais filhos, e adiar o sonho da maternidade.

Assim, entendermos que o câncer de mama provoca uma mudança completa na vida da mulher e de seus familiares e, no que tange a si mesma, essa mudança é radical, pois é munida de muito sofrimento interno: não sou a mesma, estou mutilada, feia, inchada e sem cabelo! É uma reconstrução de si mesma (algumas vezes dolorosa) para que a retomada de seus próprios interesses e reconhecimento do próprio corpo, de seus desejos e necessidades, como o sexual.

A presença do câncer de mama não exclui o exercício da sexualidade, pois exercê-la é viver! Nesse caso, adaptações no modo que comumente era exercido são suficientes para essa retomada, aliada à aceitação e compreensão por parte do parceiro.

Fonte:  Etienne, 2006