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Archive for the ‘Amamentação’ Category

 

  • Ter um acompanhante durante o parto, que pode ajudá-la a ficar mais confortável e ter maior controle.
  • Deixar o bebê em contato pele a pele com você imediatamente após o nascimento, isso o manterá aquecido e favorecerá o início precoce da amamentação.
  • Manter o bebê ao seu lado (alojamento conjunto no mesmo quarto ou leito), para que seja fácil e seguro alimentá-lo.
  • Aprender os sinais de fome do bebê, para que a alimentação seja conduzida pelo bebê e não simplesmente siga um horário fixo.
  • Amamentar com frequência, o que favorece a produção de leite.
  • Amamentação exclusiva sem suplementos, mamadeiras ou bicos artificiais.
  • É importante aprender o posicionamento e a pega corretos para o aleitamento.

 

Existem inúmeros benefícios do aleitamento materno, tanto para a mãe, quanto para a criança. Já está devidamente comprovada, por estudos científicos, a superioridade do leite maternosobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento materno.

Vantagens do aleitamento materno para a mãe:

  • facilita o estabelecimento do vínculo afetivo mãe-filho;
  • previne as complicações hemorrágicas no pós-parto e favorece a regressão uterina ao seu tamanho normal;
  • contribui para o retorno mais rápido ao peso pré-gestacional;
  • é um método natural de planejamento familiar, entretanto somente antes de seis meses, quando a criança está em aleitamento materno exclusivo, em livre demanda, inclusive durante a noite, e que a mãe não tenha ainda menstruado;
  • pode reduzir o risco de câncer de ovário e mama; e
  • pode prevenir a osteoporose.

Vantagens do aleitamento materno para o bebê:

  • é o alimento completo para o lactente menor de seis meses, tanto no aspecto nutricional, como digestivo. Por ser da mesma espécie, o leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento ótimos da criança pequena, além de ser mais bem digerido, quando comparado com leites de outras espécies.
  • facilita a eliminação de mecônio e diminui o risco de icterícia;
  • protege contra infecções (especialmente diarréia, infecções respiratórias e otite), pela ausência do risco de contaminação e pela presença de anticorpos e de fatores anti-infecciosos;
  • aumenta o laço afetivo mãe-filho, promovendo mais segurança ao bebê.
  • colabora efetivamente para diminuir a taxa de desnutrição proteico-calórica e, conseqüentemente, para a diminuição dos índices de mortalidade infantil;
  • diminui a probabilidade do desencadeamento de processos alérgicos, pelo retardo da introdução de proteínas heterólogas existentes no leite de vaca;
  • melhora a resposta às vacinações e a capacidade de combater doenças mais rapidamente;
  • diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes;
  • reduz as chances de obesidade.

Além disso, o leite materno o não custa nada, é limpo e não contém micróbios, já vem pronto e está na temperatura certa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais.

Amamentar é um ato de amor e doação. Requer aprendizado e paciência. Quando feito corretamente, não deve causar dor ou desconforto para a mãe. Caso isso ocorra, procure ajuda.

Fontes:

Ministério da Saúde. Saúde da Criança: nutrição infantil. Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. 2009.

Ministério da Saúde. Parto, Aborto e Puerpério. Assistência Humanizada à Mulher. 2001

                                                                                                                             

Sabemos que a amamentação deve ser oferecida sob livre demanda, ou seja, quando o bebê quiser ou sempre que ele tiver fome e por quanto tempo desejar. Mas como identificar se o seu bebê está com fome? Normalmente, a mãe aprende a identificar quando se filho está com fome e abaixo listamos algumas dicas para ajudar você nesse momento.

  • O bebê abre a boca, procura pelo peito, copo ou bico.
  • Faz movimentos ou sons de sucção, lambe os lábios, mostra a língua.
  • Põe a mão na boca
  • Faz movimentos rápidos com os olhos mesmo antes de abri-los.
  • Movimenta a cabeça para frente e para trás, franzindo as sobrancelhas.
  • Fica agitado e pode chorar.

Para melhorar uma pega, pode ser necessário colocar o bebê na posição invertida ou na posição em “cavalinho”. Essas posições são boas quando a mãe, destra ou canhota, tem dificuldade para colocar o bebê para mamar no seio oposto ao braço em que tem melhor coordenação motora ou para mamas grandes, doloridas ou com fissuras. Na posição em “cavalinho”. O bebê fica sentado na coxa da mãe, de frente para o seio, de pernas abertas, cavalgando a coxa da mãe. Na posição invertida, a mãe fica sentada e o bebê e seguro debaixo de seu braço como uma bola de futebol americano.

posição invertida

posição de cavalinho

Uma boa pega é também fundamental para um transcurso adequado da amamentação.

Não basta o bebê estar mamando o peito; é preciso que ele esteja mamando corretamente, e isto tem que ser checado. Todas as características de uma boa pega e nenhuma característica de uma má pega devem estar presentes para que a pega seja considerada correta, eficaz.

A boca deve estar bem aberta, parecendo uma boca de peixe. O lábio inferior deve estar voltado para fora, senão deve-se puxar o queixo da criança para baixo com o dedo indicador. Não deve haver estalidos ou formação de covinhas nas bochechas ao mamar. E, importante, a mãe não deve sentir nenhuma dor ao amamentar. Dor ou ardor, estalidos e covinhas ocorrem na maior parte dos casos devido à pega incorreta do seio, a pega só do mamilo.

Também se percebe que a criança deglute o leite e que ela fica relaxada e satisfeita ao final da mamada. O bebê engole a cada uma a quatro sucções. O movimento da deglutição é observado ou escutado. As sucções do bebê profundas e lentas seguidas de deglutição mostram que o leite está fluindo para a boca do bebê. É sinal de uma sucção eficaz o bebê sugar lenta e profundamente. Isto é um sinal importante de que ele está recebendo leite. Um bebê usualmente suga algumas vezes rapidamente, iniciando assim o reflexo da ocitocina. À proporção que o leite começa a fluir e sua boca se enche de leite, sua sucção se torna mais profunda e mais lenta. Então, ele pára e começa outra vez com algumas sugadas curtas.

Na pega incorreta, o bebê suga rapidamente todo o tempo, e isto é um sinal de que ele não está recebendo leite, pois não está sugando efetivamente.

 

Características da boa pega e da má pega

Pega correta, eficaz Pega incorreta, ineficaz
 

Boca bem aberta

Lábio inferior virado para fora

Língua acoplada em torno do seio

Bochechas redondas

Mais aréola acima da boca do bebê

Sugadas lentas e profundas, ruídos e pausas

Pode-se ver ou ouvir a deglutição

 

Boca pouco aberta, aponta para frente

Lábio inferior virado para dentro

Língua do bebê não visível

Bochechas tensas ou para dentro

Mais aréola abaixo da boca do bebê

Apenas sugadas rápidas

Ouvem-se ruídos altos ao sugar

Para sentir conforto e manter seu tórax estável, a mãe deve estar com as costas bem apoiadas e pelo menos um dos pés apoiado em um pequeno banco. A criança é que deve ser levada ao peito, e não o contrário. Ao se estimular o lábio inferior do bebê com o bico do seio, ele abre a boca. Assim que ele estiver com a boca aberta ao máximo, deve ser levado rapidamente ao seio. Na boa pega, o mamilo é posicionado no céu da boca.

O bebê deve estar calmo e bem alerta. Deve estar de frente para a mãe, com a barriga encostada na da mãe. Também o queixo e o nariz da criança devem estar bem encostados no seio. Ainda que o bebê fique com o nariz encostado na mama, ele poderá respirar normalmente, devido à conformação anatômica de seu nariz. Não há por que se preocupar com a respiração do bebê se parecer que ele está com o nariz encostado demais no seio. Se aquela posição estiver desagradando-o, ele afastará um pouco a cabeça para respirar melhor, já que nada está forçando a sua cabeça contra o peito; isto é, só os ombros, e não sua cabeça, que devem se apoiar no braço da mãe, deixando o pescoço livre para movimentação. As nádegas do bebê devem ser bem apoiadas. A cabeça e o corpo do bebê devem estar em linha reta e o pescoço não pode estar torcido.

 

A seguir, uma série de posts sobre a técnica de amamentação (eu dividi o texto em várias partes pra não ficar muito extenso de ler aqui!). Os textos foram tirados de um livro bem legal e prático:  “O Livro de Estímulo à Amamentação”, de Adolfo Paulo Bicalho Lana.

Colocar o bebê para mamar é muito simples se a mãe sabe como fazê-lo. A melhor forma de amamentar é aquela em que a mãe consegue, mais tranquilamente e da maneira mais cômoda para os dois, oferecer o seu leite para o filho. As roupas tanto da mãe quanto do bebê devem ser adequadas, não devendo restringir os movimentos. As mamas devem estar completamente expostas. O bebê não deve estar enrolado, e sim vestido de tal forma que os braços fiquem livres. O braço inferior do bebê deve estar posicionado ao redor da cintura da mãe, de maneira que não fique entre o corpo do bebê e a mãe.

Posicionamento do bebê ao seio

Sinais de boa postura corporal Sinais de má postura corporal
 

Mãe relaxada e confortável

Bebê próximo, de frente para o seio

Cabeça e corpo do bebê em linha reta

Queixo do bebê tocando o seio

Nádegas do bebê apoiadas

Mãe segura o seio em forma de “C”

Barriga encostada na barriga da mãe

 

Ombros tensos, deita sobre o bebê

Bebê longe da mãe

Pescoço do bebê torcido

Queixo do bebê não toca o seio

Só ombro ou cabeça apoiada

Mãe segura o seio em forma de tesoura

Barriga do bebê não encosta na barriga da mãe

 

            Sugar é instintivo. Ordenhar a mama com eficiência é uma técnica, muito simples, mas uma técnica. Consiste basicamente em fazer o bebê abocanhar a maior parte da aréola, e não apenas o mamilo, e posicionar adequadamente o bebê ao seio.

Nas duas fotos o queixo do bebê não toca o seio. Na primeira foto, o corpo do bebê não está virado e nem tem contato com a mãe. Os ombros da mãe estão tensos e as costas mal apoiadas. Postura incorreta da mãe e do bebê.

A mãe deve sustentar o seio com quatro dedos por baixo da mama e o polegar por cima, formando um “C”. Os dedos não devem ser colocados em forma de tesoura, pois afastam o seio da boca do bebê, levando à pega só do mamilo.

Na primeira foto a mãe está segurando a mama incorretamente: em “tesoura”. Na segunda foto a mãe está segurando a mama de forma correta: em “C”.

 

 

É importante a mama ser esvaziada para continuar a produzir leite. A sucção do bebê e o esvaziamento da mama são os controles da produção de leite. Esse sistema de regulação é formado pelos peptídeos supressores presentes no leite. É um mecanismo de proteção da própria mama contra os efeitos possivelmente danosos de seu enchimento demasiado. Se a mama não for esvaziada, ocorre acúmulo desses peptídeos supressores e a produção cessa. Mas se o leite é removido por sucção ou expressão, os peptídeos supressores são removidos e a mama volta a produzir leite. Portanto, o esvaziamento da mama é fundamental para a continuidade da produção de leite.

Fonte: Rego, J.D. Aleitamento Materno, 2006.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que as crianças sejam amamentadas até os dois anos de idade ou mais e que recebam somente leite materno até os seis meses. Porém, pesquisa nacional realizada pelo Ministério da Saúde em 2008 revelou que metade das crianças brasileiras tem a amamentação exclusiva interrompida antes de completarem dois meses de vida e já não recebem mais leite materno em torno de onze meses.

Por isso, além das diversas ações de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno que vem sendo desenvolvidas em todo o País, é preciso incorporar novas estratégias de apoio à amamentação envolvendo todos os setores da sociedade.

Como os empregadores podem apoiar?

  • Respeitando e aderindo às leis que protegem a amamentação.
  • Respeitando o período constitucional da licença maternidade.
  • Aderindo à licença-maternidade de seis meses.
  • Respeitando o direito de dois períodos de meia-hora cada para amamentar durante a jornada de trabalho até os seis meses de idade, se a mulher estiver trabalhando neste período.
  • Criando no trabalho condições de amamentação e/ou de extração, coleta e armazenamento do leite materno. Se a mulher tem, na volta ao trabalho, condições para continuar a amamentação, poderá prosseguir dando o melhor alimento a seu filho e protegendo-o contra doenças.

Salas de apoio à amamentação

Na maioria das vezes não há nas empresas ou instituições em geral um lugar apropriado para a trabalhadora que amamenta esvaziar as mamas durante a jornada de trabalho, o que impede que a mulher aproveite o leite retirado para oferecer ao seu filho posteriormente.

Diante desta demanda, algumas empresas brasileiras já criaram Salas de Apoio à Amamentação, destinadas à extração e estocagem de leite materno durante a jornada de trabalho. Não só a dupla mãe-criança se beneficia com a Sala de Apoio à Amamentação. As empresas também se beneficiam com o menor absenteísmo da funcionária, haja vista as crianças amamentadas adoecerem menos.

Fonte: www.saude.gov.br

Mastite é uma infecção bacteriana de um ou mais segmentos da mama, geralmente unilateral, tendo como porta de entrada, na maioria das vezes, a fissura mamilar.

Dentre os fatores predisponentes das mastites estão fadiga, estresse e todas as situações que favoreçam a estagnação do leite materno. Os agentes mais comuns causadores das mastites são: Staphylococcus áureos, Escherichia coli e, raramente, Streptococcus.

O quadro clínico da mastite é caracterizado por dor intensa, calor e hiperemia no local afetado, febre e mal-estar geral. Os sintomas gerais, em muitos casos, lembram a sintomatologia da gripe. Na maioria dos casos de mastite, o calor e o edema são unilaterais ao contrário do ingurgitamento, que mais frequentemente é bilateral.

É importante salientar que o diagnóstico de mastite não contra-indica a amamentação, sendo fundamental o esvaziamento mamário completo para que se evitem complicações. O ideal é iniciar a mamada pela mama contralateral para que a descida do leite facilite a sucção no lado afetado.

O repouso, associado ao uso de antibióticos e analgésicos, é de fundamental importância para a resolução da mastite. O médico deverá ser consultado para a escolha criteriosa da medicação, considerando-se sempre seus efeitos na criança.